quinta-feira, 2 de julho de 2009

Aqui jaz a qualidade de imprensa!

Quando soube do acontecido fiquei estupefato! Estarrecido! E todas as palavras difíceis que signifiquem chocado!
Como seria possível que o STF declarou desnecessário o diploma de jornalismo para o exercício da profissão? Onde estaria o valor dessa profissão considerada por muitos como o "Quarto Poder"? Uma industria que vende notícia e forma opiniões estaria fadada a ter qualquer zé ruela como funcionário?
Além de um forte decréscimo moral, o fim da obrigatoriedade do diploma representa a pena de morte dos sindicatos. Se a classe estabelecer condições mínimas de trabalho, aparecerá qualquer analfabeto com certificado e jornalista e aceitará trabalhar por menos.
Os jornalistas terão tanto poder de exigir os direitos trabalhistas quanto um autônomo. Por que você acha que foi o sindicato das empresas de rádio e tv de São Paulo que moveu ação no STF?
O ministro Gilmar Mendes comparou os jornalistas a cozinheiros e e costureiros. Você decide o que é bom de comer se comer. Mas o talentômetro para o jornalismo serão os interesses das empresas.
Inclusive, cada empresa poderá exigir o diploma se quiser, pois um grande cargo não será ocupado por um João Ninguém.
Talento é uma coisa que não se adquire numa faculdade, mas conhecimento técnico sim. Ser jornalista vai virar um passa-tempo para aposentados entediados.
Se o conhecimento prático e o talento sobressaem tanto sobre um diploma, por que não damos a um pajé ou curandeiro o título de médico? Por que não deixamos o cidadão se defender sozinho perante uma corte sem advogado?
Não devemos compactuar com o sucateamento da profissão de jornalismo. Comentem, aqui no blog e neste link.
Lutem por informação de qualidade!


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